Homilia do Núncio Apostólico – 10 de fevereiro de 2022

Capela da Nunciatura Apostólica

Primeira Leitura (1Rs 11,4-13)
Responsório (Sl 105)
Evangelho (Mc 7,24-30)

O pecado é a idolatria da liberdade. Salomão dividiu seu coração. Seu coração não pertencia inteiramente ao Senhor., ele busca outra aliança, outra fidelidade, outro amor. Suas ações manifestam essa confusão, ele se extraviou.

Deus tenta recuperar Salomão e aparece para ele duas vezes. Tudo é inútil, porque Salomão perdeu a fé. Salomão esquece Deus, mas Deus não esquece Salomão e de sua promessa. Deus é fiel, é consistente com sua promessa, mas Salomão não é o destinatário da alegria de Deus.

Com efeito, o salmo responsorial diz que felizes são aqueles que são fiéis aos preceitos do Senhor e praticam a justiça, isto é, que aderem com a vida à santidade do Senhor. A idolatria é uma armadilha para Salomão e para aqueles que se distanciam de Deus, para aqueles que sacrificam a sua vida à outros ídolos.

A aclamação ao Evangelho parece evocar o tempo feliz de Salomão, que acolheu docilmente, com coração atento, a Palavra de Deus que era a sua força e que havia salvado a sua vida e a vida de Israel.

Depois que o Senhor Jesus Cristo concluiu seu ensino sobre comida, ele descobriu que os judeus eram incrédulos. Ele entra na região dos pagãos e isso não era permitido para os judeus praticantes. O Salvador se dirige aos pagãos. Tiro e Sidônia eram habitadas pelos cananeus e Jesus entra em silêncio, para não ser culpado pelos judeus praticantes. E entra em uma casa.

O evangelho fala de uma pessoa fisicamente possessa do diabo. A força do diabo não deve ser subestimada. O diabo confundiu Salomão e destruiu seus últimos anos e o diabo destrói a vida da jovem e de sua mãe. Entre os pagãos há, portanto, o diabo, mas ali se manifesta a fé, a graça opera, a vida prevalece, o Senhor é o Salvador.

Deus abençoe,

Giambattista Diquattro