4ª Semana da Páscoa
Primeira Leitura (At 1,15-17.20-26)
Responsório (Sl 112)
Responsório (Sl 112)
A santidade de Nosso Senhor Jesus Cristo vem da perfeita comunhão de amor com o Pai e nós somos ministros da graça que vem do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós. Esta é a fonte do cuidado pastoral. Os cuidados pastorais provêm da fé que é moldada pelo amor. Nossa paternidade procede da primeira paternidade, nosso amor de seu amor. A intensidade do amor sacerdotal vem da medida do amor recebido: sem cálculo. O caminho de Jesus é o caminho para nossa própria santidade e o do povo a nós confiado. O amor do Pai derramado sobre o único Filho é derramado através de Jesus, nos sacramentos para nós, a Igreja.
Jesus nos exorta a perseverar em seu amor. O Redentor explica como perseverar: mantendo nossa vida na lei de Deus. Mantendo nosso amor no Espírito Santo de nosso Senhor Jesus Cristo. O amor precede a observância dos mandamentos, e a observância dos mandamentos testemunha o amor. Amemos o Senhor colocando nosso coração nEle sozinho e em Sua vontade, como sacerdotes: existindo, habitando em Cristo e em Seu corpo que é a Igreja.
Jesus nos ama. O amor de Jesus é a única e verdadeira fonte de nosso verdadeiro e autêntico amor por ele e através de seu amor e em seu amor guardamos seus mandamentos. Esta é a graça e a caridade que Jesus manifesta aos humildes e que somente se seguirmos sua cruz poderemos agarrar.
A humildade do Filho é de natureza divina e absoluta e, portanto, de natureza divina e absoluta é a capacidade de receber o amor do Pai. É-nos oferecida a capacidade de receber a graça do amor de Deus não pela providência, mas pela graça, ou seja, em correspondência com a consciência de nossa pobreza e a súplica diária a Deus de sua caridade. Jesus Cristo, em sua natureza divina e em sua natureza humana, é o mediador perfeito deste dom.
Como padres, em nossa fragilidade, somos chamados a ser mediadores de salvação na Igreja. Fomos escolhidos como Matias. Nosso ministério será eficaz se for realizado com humildade para levantar da poeira o indigente e do lixo retirar o pobrezinho, por Cristo, com Cristo e em Cristo, por amor mútuo à imagem daquele amor que entra em nossas vidas para que nossas vidas sejam fiéis à vocação que recebemos e conformes ao sacrifício agradável a Deus, ao sacrifício de Cristo que celebramos in persona Christi.
Peçamos a Maria, nossa Mãe, sob o título de Nossa Senhora Aparecida, que nos guarde no coração de Cristo, que eduque nossos corações no caminho da santidade, que inspire o discernimento que oferecemos a nossos irmãos e irmãs pelo exemplo de nossa vida segundo o Espírito Santo de seu divino Filho.
Dom Giambattista Diquatro – Núncio Apostólico