“Cristãos e budistas: trabalhar juntos pela paz através da reconciliação e da resiliência”, é o título da mensagem do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso por ocasião do Vesak, a tradicional Festa Budista clebrada nos países da Asia Oriental e nos países de tradição Busdita que neste ano será celebrada no dia 23 de maio.
Na mensagem o Dicastério afirma que: “A reconciliação e a resiliência são corretivos necessários para uma cultura de violência que muitas vezes é justificada como uma resposta deplorável, mas necessária, a ações militares ou terroristas agressivas. A reconciliação e a resiliência nos permitem perdoar e pedir perdão, amar e estar em paz com nós mesmos e com os outros, inclusive com aqueles que nos fizeram mal.
A mensagem publicada no dia 06 de maio, ressalta que a menos que as causas fundamentais do conflito e da violência sejam devidamente abordadas, o alvorecer da paz duradoura é uma ilusão, pois não pode haver paz e reconciliação sem equidade e justiça na vida política, econômica e cultural.
“Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! É a paz, a paz, que deve guiar o destino das nações de toda a humanidade!” Esse forte apelo, proferido pelo Papa Paulo VI em seu discurso às Nações Unidas em 4 de outubro de 1965, foi ecoado em inúmeras reuniões inter-religiosas nos últimos anos para condenar a destruição causada pelas guerras em todo o mundo. “Já abordamos esse tema em várias ocasiões, mas a escalada contínua dos conflitos em todo o mundo exige uma atenção renovada à questão crítica da paz e uma reflexão mais profunda sobre nosso papel na superação dos obstáculos ao seu crescimento. Além de nossas constantes orações e esperanças, a situação atual exige de nós esforços vigorosos”.
“Conforme ensinado nos rituais e cultos de nossas respectivas tradições religiosas, a reconciliação e a resiliência são, portanto, corretivos necessários para uma cultura de violência que muitas vezes é justificada como uma resposta lamentável, mas necessária, a ações militares ou terroristas agressivas. A reconciliação e a resiliência nos permitem perdoar e pedir perdão, amar e estar em paz com nós mesmos e com os outros, inclusive com aqueles que nos fizeram mal.”
Por fim, também o Papa Francisco nos assegura que “a reconciliação reparadora nos fará ressurgirr e fazer com que nós mesmos e os outros percamos o medo” (Fratelli tutti, 78). Ele aconselha aqueles que foram inimigos acirrados a “aprenderem a cultivar uma memória penitencial, que saiba aceitar o passado para não turvar o futuro com seus arrependimentos, problemas e planos” (Fratelli tutti, 226).
“Todos nós somos chamados a redescobrir e valorizar esses valores em nossas respectivas tradições, a tornar mais conhecidas as figuras espirituais que os encarnaram e a caminhar juntos pela paz. Com esses pensamentos de oração, a mensagem conclui-se desejando aos irmãos budistas uma frutífera celebração do Vesak!”